A relação entre o acesso e a inclusão dos estudantes provenientes da rede pública ao ensino superior, da universidade pública, é um tema que entrou na agenda da política acadêmica da UFRN em 2003. Até então, pouca atenção se dava ao fato da universidade matricular em seus cursos, majoritariamente, a cada ano, alunos egressos da rede privada de ensino. Igualmente, pouca atenção vinha sendo dada aos fatores que possibilitam ou dificultam a inclusão ou permanência bem sucedida dos aprovados aos cursos superiores. Em razão do interesse institucional e acadêmico, este tema passou a ser objeto de estudo do grupo de professores pesquisadores responsáveis pela Comissão Permanente do Vestibular ? COMPERVE. Alguns estudos e documentos teóricos fundamentados em dados dos vestibulares da UFRN, nos últimos anos, têm sido produzidos e divulgados em eventos da área (ENDIPE) e em alguns Fóruns nacionais, regionais e locais. A parceria iniciada comprofessores da Universidade de Paris 8 - Alain Coulon, Ridha Ennafaa, e Bernard Charlot - desde 2001, tem possibilitado a ampliação da discussão teórico-metodológica dessa e outras temáticas, ao mesmo tempo em que foram sendo aprofundadas questões que hoje se colocam como fundamentais ao presente projeto: como vem sendo a trajetória dos estudantes da rede pública aprovados para um dos cursos da UFRN? Que sabe a universidade sobre os mecanismos internos de inclusão desses alunos na cultura universitária? Aceder a um dos cursos será apenas aprovar no vestibular? Que significa para o aluno estar incluído na vida universitária? Conhecer quem são os estudantes da rede pública, objeto da política inclusiva da UFRN, passou a ser de interesse institucional e, portanto, objeto de estudos sistemáticos envolvendo docentes do PPGEd/UFRN e fora desta, pós-graduandos e graduandos.