A comunidade indígena Catu, da etnia Potiguara, é situada em dois municípios, Canguaretama e Goianinha e, segundo relata o Cacique Luiz Catu sobre a origem da aldeia, vieram do antigo aldeamento de Igramació, no século XVIII, subindo por entre Sibaúma e Barra do Cunhaú, onde deságua o rio, até as nascentes, em meio a mata fechada.
Atualmente vivem 142 famílias, 726 pessoas autodeclaradas indígenas e, em sua maior parte a agricultura é a atividade econômica que predomina. Cultivando feijão, milho, macaxeira e, principalmente a batata doce, o povo Potiguara do Catu aproveita o solo fértil do vale produzindo alimentos para consumo e para comercializar nas feiras e demais comércios da região. A caça e pesca que outrora obteve lugar central, passaram a ser segundo plano devido o intenso desmatamento provocado por canaviais que disputam as terras indígenas desde o começo da colonização. A coleta de frutos como a mangaba também está sendo afetada pelos conflitos socioambientais ocasionados por empreendimento como as usinas e a monocultura.